Encontre-se

20/09/2013

Agora estamos em... - 5

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Chegamos, Califórnia! Chegamos? Opa, esqueci que estou sozinha nesse avião, olhando a janela e as nuvens vendo como elas vem e vão, como elas se desfazem, em um certo momento que imaginei sendo uma nesse exato momento, eu ia e vinha e está me desfazendo aos poucos por dentro.

Uma pessoa que me entenderia nesse momento seria Amanda, mas, é com ela que estou magoada, como posso desabafar com ela? Mas, em trinta minutos estarei dando um abraço bem apertado na Sara, minha amiga-vizinha. Nos momentos em que precisei da Amanda aqui, ela sempre esteve lá e ela é como a irmã que eu nunca tive.

Como se eu não tivesse irmãos, mas, quero dizer, uma com quem eu possa conversar e que ela entenda. Mas esquecendo esses pensamentos de tristeza, eu estou feliz em voltar para a minha casa, por que aquele lugar de que estou vindo não é mais aquela casa em que eu vivia, em que eu era feliz com meu pai, minha mãe, meus irmãos, em que eu cuidava da Caroline, em que eu me divertia com a Amanda, em que eu namorava com o Matheus.




Aquela casa agora é só um monte de lembranças ruins concentradas em um lugar só, um em que as memórias que vivi não podem ir embora, mas eu posso, posso ficar longe de lá quanto tempo necessário até eu notar que não preciso ficar lá só por eles, mas sim por mim.

Logo já estávamos pousando. Esses pensamentos ocuparam minha mente o necessário e agora é hora de os mandar embora até eu chegar no meu quarto, á noite e me deitar, e chorar até dormir. Peguei minhas malas, e logo estava saindo do avião.

Esperei alguns minutos minha mala passar pela esteira, a peguei e segui em direção, respirando fundo e olhando pra cima, ninguém aqui iria derrubar. Logo que saí daquele espaço, olhei tudo, observei cada cantinho, e na ponta, achei meu irmão, Igor, minha irmã Savannah, meu pai, minha madrasta e Sara, pessoas em quem eu podia confiar.

- Filha! - meu pai correu para me abraçar, me surpreendi, afinal, ele não é lá de demonstrar sentimentos assim, publicamente.
- Pai! - retribui o abraço, sentia falta dele lá, mas agora olhando a sua esposa Lizzie, que está grávida de trigêmeos ali na ponta, senti falta da minha mãe, eu sentia a necessidade de os ver juntos, mas para isso ainda faltava um mês.

- Como foi lá? - ele perguntou me olhando de cima á baixo, verificando se não tinha perdido nenhum pedaço do corpo. - Por que voltou antes? 
- Foi bom, até certa coisa acontecer. - sorri e olhei Sara que retribuiu o sorriso fraco, acho que ela entendeu que eu logo á contaria.
- Maninha! - Igor, meu irmão mais velho veio me abraçar carregando Savannah, a última filha do meu pai, ela tinha dois anos e ela era aquela fonte de alegria.
- Igor! - o abracei forte, abraçando automaticamente Savannah junto. - Oi, pequena. - a enchi de beijos.

- Anitta! - Lizzie veio me abraçar, comigo e com ela não existe essa tal de madrasta má e enteada má, nos damos super bem, mas de certa forma, ela ainda ocupa o lugar que deveria ser da minha mãe, mas não á culpo, eu adoro ela, ela me deu Savannah, e Igor, que claro, nasceu antes do casamento do meu pai com a minha mãe.

- Oi, Lizzie. Como estão os bebês? - botei a mão em sua barriga.
- Ótimos. 

- ANITTA! - Sara pulou em cima de mim, mas não, eu não cheguei á cair.
- Gêmea loira. - abracei-a.

- Mas enfim crianças, vamos pra casa. - meu pai puxava minha mala, e eu ia conversando com Sara.









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